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Na manhã desta segunda-feira (30/6), a capital amazonense foi palco de uma grande manifestação de trabalhadores da construção civil, que paralisaram suas atividades em diversos pontos da cidade. Organizados em um movimento pacífico, os operários percorreram as principais avenidas de Manaus, exigindo valorização profissional, aumento salarial, melhoria no ticket alimentação e na cesta básica.
A mobilização, que conta com o apoio da Polícia Militar, reflete a insatisfação generalizada com as condições de trabalho no setor. Um dos pontos de concentração da manifestação foi uma obra ao lado do Amazonas Shopping, onde trabalhadores expressaram sua revolta. “O ticket alimentação é de apenas R$ 200 por mês. Não dá pra nada! Só dá pra comprar ovo e farinha, e olhe lá. O cartão já zerou. É muito pouco pra quem tem família”, desabafou um operário, destacando a dificuldade de sustentar uma família com os valores atuais. Ele reforçou que os trabalhadores permanecerão mobilizados, enfrentando sol e chuva, até que suas reivindicações sejam atendidas.
“A construção civil move este país. Sem nós, não teriam esses prédios. Dois por cento de aumento? Não existe isso! Queremos no mínimo 12% de reajuste”, afirmou, criticando a proposta de aumento salarial oferecida. Ele também apontou as condições precárias de trabalho, como alimentação de baixa qualidade – muitas vezes “frango mal feito, mal passado” – e a obrigatoriedade de trabalhar sob chuva e sol, sob risco de demissão.
“O salário de ajudante, de R$ 1.500, não sustenta uma família com quatro filhos. Tudo é caro, estamos passando fome. Somos amazonenses e temos razão de lutar!”, completou. As críticas também se voltaram a representantes de empresas que estariam fornecendo uniformes rasgados, alimentação estragada e uma cesta básica de apenas R$ 140, quando o valor anunciado seria de R$ 200.
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